Bancárias e bancários estão mobilizados nesta quinta-feira (12) em mais Dia Nacional de Luta Contra as Demissões no Bradesco. As manifestações e atos públicos pretendem mostrar à população o que o banco projeta para o futuro dos seus funcionários: o desemprego. Representantes do Sindicato dos Bancários de BH e Região (Seeb-BH) e da Fetrafi-MG participaram nesta manhã de um protesto em frente à agência 0464 (Comércio), no prédio da Diretoria do banco.
Mesmo com lucro de R$ 4,194 bilhões no terceiro trimestre, o Bradesco já demitiu mais de 1.800 bancários de acordo com cálculos da Comissão de Organização dos Empregados (COE). Os desligamentos ocorrem mesmo após o compromisso assumido de não demissão durante a pandemia.
Nas últimas semanas, o Seeb-BH intensificou os atos públicos contra as demissões através da paralisação das atividades nas duas diretorias do Bradesco, intervenções na Agência Curitiba e colagem de cartazes em 13 unidades de BH. Os protestos ocorrem também nas mídias sociais, com tuitaços utilizando as hashtags #QueVergonhaBradesco e #QuemLucraNãoDemite. A participação de todas e todos é fundamental para pressionar o banco para que recue em relação às demissões.
Giovanni Alexandrino, funcionário do Bradesco e diretor do Seeb-BH, destaca que a mobilização será reforçada nas próximas semanas. “Estamos seguindo um calendário nacional de lutas. Não nos daremos por vencidos até que o banco recue e pare de demitir”, afirmou.
Para Carlindo Dias (Abelha), diretor do Sindicato e secretário de Organização e Política Sindical da Contraf-CUT, “não há justificativas para que a empresa de capital aberto que mais lucrou na América Latina no primeiro semestre continue colocando pais e mães de família no olho da rua. Estamos em luta e não mediremos esforços para barrar esta falta de responsabilidade social”.
Em entrevista ao jornal Brasil de Fato, na semana passada, a presidenta da Fetrafi-MG e coordenadora da Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Bradesco, Magaly Fagundes reafirmou que as ações vão continuar até que os bancos interrompam as demissões e reintegrem os trabalhadores desligados. “O nosso papel é preservar a vida dos trabalhadores, dos clientes, dos vigilantes. E, além disso, cobrar a não demissão e que os trabalhadores demitidos sejam reintegrados. Nesta crise mundial, nada justifica demitir assim, os balanços dos bancos demonstram isso. Este momento é realmente muito difícil, precisamos estar unificados, fazendo nossos atos e resistindo”.
Com informações do Seeb-BH