Representantes dos empregados da CAIXA cobram a reposição do quadro funcional após o anúncio, no dia 17 de maio, de mais um programa de demissão voluntária (PDVE) no banco. A banco encerrou 2018 com o menor número de empregados desde 2014, quando trabalhavam, no banco, 101 mil pessoas. Hoje são 84 mil. Com o PDVE, o objetivo é reduzir até 3,5 mil dos 28 mil empregados que trabalham na matriz e em escritórios regionais da CAIXA.

“A nossa luta é por melhores condições de trabalho e de atendimento à população. Para isso, precisamos de mais trabalhadores e não menos. Esta redução prejudica não só os trabalhadores que ficam, como também a população, que é prejudicada diretamente”, afirmou Dionísio Reis, coordenador da Comissão Executiva dos Empregados (CEE/Caixa).

“Para piorar, o programa é aberto com a discriminação aos trabalhadores. Apenas uma área específica pode aderir e, só caso eles não batam a meta, será ampliado para os demais setores do banco”, explicou Dionísio.

Este é o terceiro PDVE aberto pela CAIXA nos últimos anos. No primeiro, em 2017, o alvo eram os empregados aposentados pelo INSS ou que poderiam se aposentar até 30 de junho daquele ano. Em julho, o banco anunciou a reabertura para completar a meta de 10 mil que não foi cumprida inicialmente.

O movimento sindical, desde então, manifesta sua contrariedade pelas decisões unilaterais do banco. O PDVE é mais uma mostra da tentativa de enfraquecimento da CAIXA, segundo o modelo adotado em bancos públicos que foram privatizados nos anos 1990, durante o governo de Fernando Henrique Cardoso.

Fonte: Fetrafi-MG com Contraf-CUT