Agências e departamentos do banco Santander fizeram protestos hoje (20) em todo o país. Muitas permaneceram fechadas durante todo o dia.
Em Minas Gerais, as agências de Belo Horizonte, Teófilo Otoni, Divinópolis, Juiz de Fora, Ipatinga e outras se mobilizaram contra os desrespeitos e arbitrariedades do banco espanhol.
Sem consultar, nem negociar com os trabalhadores ou seus representantes sindicais, o banco implantou um sistema para forçar a assinatura em um “Acordo Individual de Banco de Horas Semestral”.
“Além de ser inconstitucional, a medida mostra o total desrespeito do banco espanhol para com os trabalhadores e seus representantes sindicais”, aponta Mario Raia, secretário de Relações Internacionais da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e funcionário do banco Santander.
Os trabalhadores questionaram a atitude do banco e solicitaram a imediata suspensão do sistema. O banco apenas confirmou a medida e disse que não haveria negociações sobre ela.
Também sem nenhuma negociação, o banco informou a alteração do dia de pagamento dos salários, do dia 20 para o dia 30, e os meses de pagamento do 13º salário, antes março e novembro, agora passam a ser maio e dezembro
Os trabalhadores também sofrem com os aumentos abusivos do plano de saúde, que tem causado dificuldades para muitos deles arcarem com os custos.
Outro problema constante no banco é o grande número de demissões. Nos últimos dias, o banco dispensou 200 funcionários.
O Dia Nacional de Luta dos Trabalhadores do Santander Contra a Retirada de Direitos é uma reação a sete ataques aos bancários que, com muito trabalho e dedicação, conquistaram um quarto do lucro global do banco espanhol.
A Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) dos bancários tem vigência até 31 de agosto de 2018. No Santander há também um Acordo Aditivo. “Se não reagirmos a esse ataque agora, assim que terminar a vigência do acordo e da CCT, podem ter certeza de que o banco espanhol vai cortar todos os direitos dos trabalhadores que a nova lei trabalhista lhe permite. Ou cruzamos os braços agora ou vai piorar depois”, disse Maria Rosani, coordenadora da Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Santander.
Fonte: Fetrafi-MG com Contraf-CUT
Sindicatos de Belo Horizonte e Juiz de Fora na luta por direitos
Ipatinga, Divinópolis e Teófilo Otoni mobilizados contra arbitrariedades do banco Santander