O governo Bolsonaro anunciou na manhã desta segunda-feira (11) mais um ataque axs funcionárixs do Banco do Brasil. O chamado “plano de reorganização” prevê o fechamento de 361 unidades, sendo 112 agências, 7 escritórios e 242 Postos de Atendimento. Em meio ao desemprego recorde resultante do descaso de Jair Bolsonaro e do ministro da Economia, Paulo Guedes, um comunicado ao mercado afirma que a instituição financeira disponibilizou dois programas de “demissão voluntária”, visando o desligamento de 5 mil funcionários.
Fundado com a chegada da família real no Brasil, em 1808, o Banco do Brasil – patrimônio do povo brasileiro – é responsável por investimentos públicos, pelo financiamento da agricultura e pela garantia de nossa soberania alimentar. Conforme se observa na experiência de vários países ao redor do mundo, sem a existência de bancos estatais para fomentar políticas públicas, não há soberania nacional.
Na lista de privatizações do ministro da Economia, Paulo Guedes, o Banco do Brasil é lucrativo. De 2010 a 2019 o lucro médio do BB foi de 16, 3 bilhões por ano e a média de dividendos pago pelo BB à União foi de 3,6 bilhões ao ano. Só em 2019, o BB lucrou 18, 1 bilhões e pagou ao governo federal 3, 4 bilhões de reais em dividendos.
Além disso, o controle sobre a gestão do BB garante ao povo brasileiro que ele exerça sua função social, ou seja: fomentar políticas públicas, diferente dos bancos privados que visam apenas o lucro.
Num momento de depressão econômica como o que vivemos em função da pandemia da Covid-19, o BB é instrumento de política econômica, do desenvolvimento ações governamentais e de oferta de crédito em momentos de crise – essencial para a recuperação econômica. Os bancos públicos podem flexibilizar as regras para emprestar, o que se mostra fundamental para retomada da economia.
Entidades representativas da categoria bancária e representantes dxs funcionárixs do BB tomaram conhecimento da manobra de Guedes apenas na manhã desta segunda. A Comissão de Empresa do BB se reuniu ao longo de dia para decidir a estratégia de resistência ao desmonte da instituição.
Da redação da Fetrafi-MG, com informações das agências