Ocorreu, na noite desta segunda-feira (28), a cerimônia de abertura do Congresso Extraordinário e Exclusivo. O ritual emocionou 800 delegadas e delegados de todo o Brasil e de 27 países, que vieram à São Paulo para o evento.
Comandada pela Companhia de Teatro Ouro Velho, a cerimônia celebrou os 100 anos da primeira greve geral no Brasil e narrou todas as lutas e conquistas da classe trabalhadora neste século.
Em seguida, cada um dos 27 estados homenageou diversas pessoas que lutaram pela classe trabalhadora. Entre os citados estavam o seringueiro Chico Mendes, a psiquiatra Nise de Oliveira, o trabalhador rural Nativo da Natividade, o antropólogo Darcy Ribeiro, Margarida Alves, entre outros.
Lula e a CUT
O presidente nacional da CUT, Vagner Freitas, abriu oficialmente o Congresso da entidade celebrando os 34 anos da Central e lembrando “o líder que é a cara do povo brasileiro.”
“O ódio que as elites têm do Lula é que o Lula mostrou que a classe trabalhadora não nasceu para ser capacho da burguesia. É por isso que ele é perseguido. Eles querem fazer uma eleição sem o Lula. Eleição sem o Lula é fraude”, afirmou Freitas.
Em seguida, o presidente CUTista falou sobre o encontro nacional da Central. “Esse Congresso é para que vocês saiam daqui energizado para a luta diária nas ruas. A imprensa e as elites já noticiaram que tudo está perdido, mas nós achamos que um outro mundo é possível. Esse Congresso vai levantar a moral da nossa tropa.”
A luta de classes
No palco, grande parte da Direção Nacional da CUT, representantes dos movimentos sociais e das demais centrais sindicais. Entre os discursos, um fator comum: o reconhecimento do acirramento da luta de classes.
A vice-presidenta nacional da CUT, Carmen Foro, celebrou os 34 anos da CUT. “Viva a maior central sindical da América Latina”. Em sua fala, a dirigente analisou o atual cenário político do país.
“Nós fomos chamados para um momento de profunda reflexão sobre o futuro de nossa organização e da nossa luta. Eu tenho certeza que de tudo que vamos aprovar nesse Congresso, tem questões que serão grandes desafios. Um deles é melhorar nossa compreensão da luta de classes”, afirmou Carmen, que fez um recorte racial em sua fala.
A presidenta nacional do Partido dos Trabalhadores (PT), Gleisi Hoffmann, lembrou que “durante os 34 anos de sua existência, a CUT se caracterizou pela defesa da classe trabalhadora” e também chamou a atenção para a defesa da das camadas mais pobres da população.
“Nunca tivemos um acirramento da luta de classes como agora. Há um acirramento da retirada de direitos. Em menos de um ano e meio desde que eles deram o golpe, destruíram a CLT e agora estão vendendo o Brasil em um saldão”, encerrou Gleisi.
fonte: Contraf-CUT

Foto: Dino Reis