A Contraf-CUT ingressou com uma denúncia contra o Banco do Brasil junto ao Ministério Público do Trabalho, em Brasília, pelo descomissionamento de mais de 700 caixas em todo o país.
Em janeiro de 2018, o BB anunciou a continuidade do seu processo de reestruturação com redução de cargos, criação de outros e previsão de corte de 1.200 caixas nas agências, postos de atendimento e Plataformas de Suporte Operacional (PSO).
Ao longo de dois meses, houve tentativa de negociação com o banco no sentido de realocar e proteger a renda dos trabalhadores e trabalhadoras caixas nas unidades. O BB anunciou uma série de medidas e esforços para nomeação dos caixas em vagas de assistentes, o que resultou em muitas nomeações e realocações e a redução do número de caixas excedentes no final de fevereiro.
Porém, as medidas foram insuficientes para evitar o descomissionamento em massa de mais de 700 caixas.
Depois do anúncio e corte dos cargos, inviabilizando a manutenção dos salários dos funcionários, assim como nos demais cargos em casos de reestruturação, a Contraf-CUT entrou com uma denúncia junto ao Ministério Público do Trabalho (MPT) buscando um processo de mediação que retire a discriminação com os caixas.
Para Wagner Nascimento, diretor do Sindicato e coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do BB, o banco age com mesquinharia ao não proteger e dar aos caixas tratamento igual aos demais cargos. “No ano passado, conseguimos a manutenção das comissões dos caixas por quatro meses e o BB, neste ano, se mostra mais intransigente acentuando a discriminação contra os caixas”, afirmou.
A Comissão de Empresa dos Funcionários ressalta que continua à disposição do BB para negociar o assunto, além de estar aguardando a manifestação do Ministério Público do Trabalho.
Fonte: Contraf-CUT