Caetano Ribas / Contraf-CUT

A Comissão de Organização dos Empregados do Bradesco (COE) e a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro – Contraf – CUT se reuniram com o RH do Bradesco, na tarde dessa quinta-feira, para esclarecimento sobre o PDVE – Plano de Desligamento Voluntário Especial.

Os representantes da COE informaram ao Banco que não vão aceitar que os funcionários sejam pressionados ou obrigados a aderirem ao plano de desligamento.

Foi questionado qual a meta de saída no PDVE. O Bradesco informou que a Diretoria do Banco não estabeleceu nem mínimo, nem máximo, isto é, não há meta de adesão.

Alguns Bancários foram demitidos ou pediram para sair dias antes do Plano ser lançado e fazem parte do público alvo, que eles também sejam incluídos e garantido o pacote que está sendo oferecido aos demais. O Bradesco ficou de analisar a proposta.

Um dos destaques da reunião foi a de que nenhum bancário seja demitido no período de vigência do PDVE, até 31/08/2017. Os representantes dos trabalhadores querem discutir o Centro de Realocação e Requalificação, negociado na Convenção Coletiva do ano passado e que está sendo negociado com a Fenaban.

Sobre as dúvidas em relação aos critérios de adesão ao plano, foi esclarecido que todos os aposentados ou em condições de se aposentar até 31/08/2017, tanto da rede de agências quanto dos Departamentos, podem aderir. Já para aqueles que têm 10 anos ou mais de trabalho só os de departamentos ou gerências regionais.

Sobre as verbas do PDVE (de 6 a 12 salários) foi esclarecido que trata- se de verba indenizatória, sem incidência de encargos.

A Contraf –CUT e os Sindicatos, deixaram claro que não interferem na decisão de adesão, que é individual de cada trabalhador. Porém foi solicitado que o próprio banco comunique aos funcionários, quem quiser aderir após dia 02/08/2017 terá direito à PLR proporcional e quem já aderiu pode desistir até 5 dias e aderir novamente após o dia 2 de agosto. Lembrando também que como se trata de PDVE não terá direito ao seguro-desemprego.

Sobre o anúncio de fechamento de algumas agências no país, os representantes dos trabalhadores presentes à reunião quiseram saber quantas são no total e o que ocorrerá com os funcionários das agências fechadas.
Na oportunidade, foi cobrada uma reunião para discutir com o banco as mudanças na legislação trabalhista. “Não vamos aceitar que o banco demita bancário para contratar terceirizado, de forma precária”.

Magaly Fagundes, presidenta da Fetrafi-CUT/ MG esteve presente à reunião e declarou: “é a primeira vez que o Banco Bradesco lança um Plano De Demissão, nos do movimento sindical defendemos o emprego e não negociamos nenhum programa que vise a demissão do empregado. Porém é importante que o quadro de funcionário esteja esclarecido no momento de tomar a decisão, a nossa preocupação é a sobrecarga de trabalho para os funcionários que ficarem e a precarização do trabalho”.