O Governo do Estado confirmou 60 mortes, 19 corpos identificados, 382 localizados e 292 pessoas ainda desaparecidas, na manhã desta segunda-feira.
A cidade de Brumadinho, na região metropolitana de Belo Horizonte, foi atingida pelo rompimento da barragem da Mina do Feijão, da mineradora Vale, na sexta-feira (25).
O rompimento aconteceu no momento em que parte dos profissionais almoçava. Segundo o Corpo de Bombeiros, os rejeitos soterraram várias estruturas da empresa. O refeitório estava cheio e a administração, também. No refeitório cabiam cerca de 300 pessoas. A Mina do Feijão tinha mais de 600 trabalhadores.
A Vale é a mesma empresa responsável pela barragem de Fundão, que rompeu em novembro de 2015 e destruiu a bacia do Vale do Rio Doce e a cidade mineira de Bento Rodrigues, em Mariana. Ninguém foi preso e a maioria das multas não foi paga pela Vale, controladora da Samarco, após a tragédia de Mariana.
Movimento dos Atingidos por Barragens
O Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) afirma solidariedade com os atingidos pelo rompimento da Barragem da Mina Córrego do Feijão. Mais uma vez, o lucro está acima de vidas humanas e do meio ambiente, diz o MAB.
“Denunciamos o atual modelo de mineração, com empresas privatizadas e multinacionais que visam o lucro a qualquer custo que afeta a vida de milhares de pessoas. Há apenas três anos do rompimento da Barragem de Fundão, em Mariana, mais um crime contra a vida é fruto desse modelo que apenas provoca tragédias anunciadas”.
“Desde o ano de 2015, inúmeras denuncias vêm sendo feitas pelo risco de rompimento de barragens do Complexo, e ainda assim a Mina Córrego do Feijão teve sua ampliação aprovada pelo Conselho Estadual de Política Ambiental em dezembro do ano passado, 2018”.
Fotos Corpo de Bombeiros e R7 Minas