O Dia internacional da Mulher (8 de março) é celebrado em todo o mundo como um dia de luta por igualdade de direitos e gênero e de resistência contra as atrocidades ainda cometidas contras as mulheres, como a violência propriamente dita (doméstica) e tantas agressões indiretas como, por exemplo, a diferença salarial ainda existente.
A presidenta da Fetrafi-MG, Magaly Fagundes, diz que “Atualmente a data é um marco de resistência contras os retrocessos em relação aos direitos das mulheres e de luta constante por novas conquistas. E é preciso que as mulheres estejam organizadas e unidas para avançar sempre e cada vez mais em relação ao que é nosso direito”.
Para a Secretária da Mulher da Fetrafi-MG, Lara Lúcia Fonseca, “Conquistar a igualdade social, econômica, emocional e a justiça são alguns dos objetivos que as mulheres sempre lutaram para alcançar. Essa guerra que se iniciou há muito tempo infelizmente ainda não tem data para terminar. A mulher vem derrubando tabus, revolucionando tradições, marcando presença em lugares antes restritos somente aos homens. Isso graças à independência econômica que ela vem conseguindo ao longo do tempo. Economicamente garantida, a mulher pode se sentir à vontade para ousar atitudes consideradas anteriormente socialmente reprováveis.. Mas, apesar de sua participação expressiva no mercado de trabalho, as mulheres ainda padecem com a desigualdade de salários e oportunidades”, finaliza.
Números
O Brasil é um dos países mais violentos do mundo para as mulheres. Os números de denúncias de violência contra mulheres aumentou quase 30% no ano passado. Em 2018, foram mais de 92 mil ligações para a Central de Atendimento à Mulher em Situação de Violência – o Disque 180.
Em Minas gerais, dados da Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp) mostram que os boletins de ocorrência de mulheres agredidas física, sexual ou psicologicamente subiram de 145.708, em 2016, para 146.189, no ano passado.
De acordo com o Monitor da Violência, divulgado hoje, no Brasil são 4 mulheres mortas para cada grupo de 100 mil mulheres, 74% superior à media mundial.
Em 2019, apenas na primeira semana de janeiro a imprensa noticiou 21 casos de feminicídio e 11 tentativas de assassinatos de mulheres.
Atos dia 8 de março em Belo Horizonte
• Concentração às 17h na Praça Raul Soares – a Frente Brasil Popular e Blocos de Carnaval de BH convocam todas e todos para caminhar junto às mulheres de luta, fortalecendo o ato do 8 de Março de 2019. Um ano após o assassinato de Marielle Franco, a Frente denuncia a política da morte que levou Marielle, a política da morte que soterrou tantas vidas e tantos sonhos em Brumadinho e lembra os nomes das/os que tombaram e das/os que vivem sob ameaça por denunciar as inúmeras violações pelo modelo minerário que preda e mata.
• Evento unificado, entre o meio-dia e às 18 horas, na Praça Sete, no Centro de Belo Horizonte. Agenda é o direito à vida e combate ao feminicídio e outras violências contra as mulheres.