Em defesa da Caixa 100% Pública, bancários e bancárias de todo o Brasil se mobilizaram nesta quinta-feira (13) em um Dia Nacional de Luta. Em Minas Gerais, a direção dos sindicatos de Belo Horizonte e Região; Juiz de Fora e Teófilo Otoni e Região realizaram atos nas portas de agências para denunciar os ataques que os trabalhadores estão sofrendo diante da reestruturação prevista pela gestão da instituição.

 

Em BH a atividade aconteceu em frente à Agência Tupinambás, no centro de Belo Horizonte. Trabalhadoras e trabalhadores da CAIXA, das cidades de Teófilo Otoni e Juiz de Fora, também se vestiram de preto para mostrar sua indignação diante das ameaças de desmonte do banco público e do seu papel social, assim como contra a retirada de direitos conquistados.

 

Nesta quarta-feira, 12, a Comissão Executiva dos Empregados (CEE/Caixa) passou mais de 11 horas tentando discutir com o banco sobre a reestruturação anunciada pelo banco no final de janeiro. Porém, a postura da CAIXA foi de não negociar ou dar garantias aos trabalhadores.

 

Apesar disso, está em vigor uma liminar conquistada pela CEE/Caixa na Justiça que suspende a reestruturação e prorroga seu prazo até que o tema seja negociado com os empregados. Na decisão, o juiz fixou novos prazos para adesão dos trabalhadores “em prazo não inferior a 15 (quinze) dias, em atenção ao princípio da razoabilidade, a correr após a conclusão do trabalho da aludida Mesa Permanente de Negociação”.

 

“Estamos em luta para garantir os direitos de empregadas e empregados e exigir que a CAIXA negocie com os trabalhadores qualquer mudança que impacte a vida da categoria, como está previsto em nosso Acordo Coletivo. Para isso, é fundamental que os empregados estejam mobilizados, que participem de nossos atos e que acompanhem as notícias por meio dos sites e redes sociais do Sindicato e entidades representativas”, afirmou a presidenta do Sindicato, Eliana Brasil.

 

Processo de reestruturação

 

No final de janeiro, a CAIXA anunciou mais um processo de reestruturação com as justificativas de “alinhamento da Matriz com a Rede” e “garantia do padrão na execução das diretrizes corporativas”. As mudanças estão sendo impostas sem negociação com os empregados e as entidades que os representam.

 

O processo gera apreensão e até mesmo adoecimento dos trabalhadores. A falta de informações leva ao medo quanto a eventuais extinções e dispensas de funções, que repercutem na vida financeira e pessoal dos trabalhadores.

 

Segundo informações da direção do banco, a reestruturação reduzirá o número de Superintendências (Sure) de oito para seis (as Sure passarão a se chamar Superintendências Nacionais de Varejo – SUV). As superintendências regionais também serão reduzidas das atuais 84 para 54. Em Minas Gerais, já foram fechadas quatro superintendências regionais, sendo uma em Belo Horizonte.

 

O processo de reestruturação precariza as condições de trabalho, com mudanças bruscas nas atividades desenvolvidas, cobranças por metas abusivas, descomissionamentos sumários, cortes de postos de trabalho e transferências compulsórias. Desta forma, precariza também o atendimento à população e ataca o papel social da CAIXA.

 

Fonte: Sind. dos Bancários de BH e Região, com informações da Fetrafi-MG