Os funcionárixs do Banco do Brasil mantêm sua luta contra as medidas da nova reestruturação do banco anunciada em janeiro. Nesta quarta-feira (10) xs bancárixs do BB novamente paralisaram suas atividades em protesto às demissões e fechamento de unidades que estão previstos. O banco também pretende dar início nesta quarta-feira ao seu plano de reestruturação, retirando todas as funções de caixa. A greve foi aprovada em assembleia realizada na última sexta-feira (5).
O dia de mobilização aconteceu nacionalmente e foi convocado pela Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro, Contraf-CUT. O Sintraf-JF declarou que, além de funcionárixs das agências de Juiz de Fora, vários funcionárixs de agências espalhadas pelas cidades que compreendem a base territorial do sindicato também aderiram à paralisação como Matias Barbosa e Lima Duarte.
O sindicato colou cartazes nas agências e respeitando as medidas protetivas contra a contaminação de coronavírus, fez um ato em frente à uma agência do BB no centro de Juiz de Fora denunciando a situação dos trabalhadores à população. Novamente o   “portal do inferno” chamava a atenção dos clientes para a situação do banco e para a compreensão de que todxs perdem com o desmonte do banco, funcionárixs e clientes que terão qualidade nos atendimentos prejudicadas com menos bancárixs. Além de Juiz de Fora, os diretores do sindicato também estiveram presentes na cidade de Lima Duarte.
Comando Nacional cobra respeito às negociações
A Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), com a mediação do Ministério Público do Trabalho (MPT), retomou, nesta terça-feira (9), as negociações com o Banco do Brasil sobre as reestruturações que o banco pretende realizar. A Contraf-CUT reivindica a suspensão do descomissionamento de caixas e informações sobre o novo processo de reestruturação do Banco do Brasil.
Na primeira parte da reunião, o banco havia apresentado uma proposta de prorrogação de 30 dias no processo de retirada da gratificação dos caixas, mas condicionou a proposta à assinatura por todas as entidades do acordo de compensação de horas em decorrência da pandemia e do Acordo de Comissão de Conciliação Prévia (CCP), ambos já em negociação com a Contraf-CUT. O banco também exigia a retirada de ações judiciais em andamento contra o banco. A Contraf-CUT recusou a proposta e, depois disso, houve um intervalo nas negociações.
Na segunda parte da reunião de negociações desta terça, o banco retirou até a proposta que havia feito antes e não deu prazo para que as entidades consultassem os funcionários sobre a proposta apresentada pela manhã.
O Banco do Brasil não atendeu as reivindicações dxs trabalhadorxs e nem aceitou retirar as condições para apresentar uma proposta. Xs trabalhadorxs querem continuar as negociações e solicitam uma nova reunião para continuar as tratativas.
Fonte: SINTRAF JF com informações da Contraf-CUT