Em plena pandemia, bancárias e bancários do Mercantil de diferentes agências de todo o país estão procurando seus  sindicatos para denunciar as cobranças abusivas e a pressão por parte da área comercial do banco para cobrar um seguro de vida chamado “Seguro Mais Proteção”.

De acordo com as denúncias, isso vem acontecendo sem o conhecimento e o consentimento dos clientes, na maioria das vezes aposentados e pensionistas do INSS, com pouca ou nenhuma instrução, o que é uma prática considerada abusiva e ilegal pelo Código de Defesa do Consumidor (CDC).

Segundo as denúncias, a exigência do Mercantil é que cada funcionário e funcionária digite sua matrícula e senha antes do atendimento aos clientes. Caso haja reclamações por parte dos clientes por causa do seguro não solicitado, o Mercantil se isenta e passa toda a responsabilidade para @ bancári@ que foi obrigad@ a repassar o produto sob ameaça de demissões.

De acordo com as denúncias recebidas pelo Sindicato dos Bancários de BH e Região Metropolitana, @s funcionári@s do Mercantil do Brasil estão sendo cobrados praticamente de hora em hora através de vídeos, áudios e ligações para número privado. Segundo @s bancári@s, as cobranças são feitas de forma agressiva e constante, o que eleva o estresse e o adoecimento. O Sindicato tem ouvido relatos de trabalhador@s que estão tendo pesadelos por causa dessa grande pressão para a venda de seguros.

Além disto, o Mercantil do Brasil foi um dos primeiros bancos a iniciar em plena pandemia da Covid-19 as demissões de trabalhador@s. O processo só foi estancado após intervenção do Sindicato dos Bancários de BH e Região e da Fetrafi/MG-CUT junto ao Ministério Público do Trabalho (MPT-MG), que resultou em um acordo nacional de não demissão até 31 de agosto próximo.

Os sindicatos e trabalhador@s do Mercantil reivindicam que não haja cobrança de metas durante a pandemia de Covid-19. “O compromisso de não demissão, até 31 de agosto, era para trazer mais segurança e tranquilidade para os funcionários, mas o assédio moral e a pressão absurda da área comercial do banco estão tirando o sono dos trabalhadores. Razoabilidade, bom senso e respeito estão bem longe das práticas de gestão adotadas pelo Mercantil do Brasil”, opina Marco Aurélio Alves, funcionário do Mercantil do Brasil, diretor do Sindicato e coordenador nacional da Comissão de Organização dos Empregados (COE) do banco.

Segundo Vanderci Antônio da Silva, funcionário do Mercantil e diretor do Sindicato, funcionários denunciam que estão sendo cobrados inconsequentemente para a venda do seguro, sem o consentimento dos clientes, e sofrendo várias formas de coações e ameaças como, por exemplo, que após o dia 31 de agosto, quem não atingir as metas estará entre os primeiros a serem demitidos. “A pressão psicológica é enorme e vários funcionários já nos relataram que não estão conseguindo aguentar mais. Com essas metas absurdas, o Mercantil do Brasil está ferindo os preceitos constitucionais que asseguram o trabalho decente, a saúde, a vida digna e a redução dos riscos inerentes aos trabalhadores”, ressaltou.

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Fonte: Sindicato dos Bancários de BH e Região