Sindicalistas e dirigentes de entidades representativas dxs funcionárixs do Mercantil do Brasil se reúnem nesta terça-feira (16), às 14hs, com representantes do banco para exigir explicações e cobrar o fim das demissões.

 

A reunião será realizada remotamente e terá a participação de entidades da categoria de todo o país, como a Contraf-CUT, a Fetrafi-MG/CUT e os sindicatos de Belo Horizonte, Rio de Janeiro, São Paulo e demais localidades que contam com agências do Mercantil.

 

O movimento sindical está mobilizado para cobrar do banco explicações sobre os injustos desligamentos de trabalhadores no atual momento, que é uma das mais graves crises de toda a história. Em contraste às políticas patrocinadas pelo Mercantil contra seus funcionários, o banco vive um momento histórico financeiro e atingiu, em apenas três meses de 2020, lucro de R$ 47 milhões.

 

“As demissões feitas pelo Mercantil, em meio a uma pandemia global, se mostram totalmente desumanas e injustificáveis, ainda mais levando em conta o lucro histórico obtido no primeiro trimestre deste ano”, ressaltou a presidenta da Fetrafi-MG, Magaly Fagundes.

 

Alimentação nas estações de trabalho

 

Em plena pandemia da Covid-19, o banco Mercantil do Brasil surpreendeu, nas últimas semanas, clientes e funcionárixs ao promover dezenas de demissão em todo o país. As demissões agravam ainda mais a situação de usuárixs dos serviços do Mercantil, em sua maioria beneficiárixs e pensionistas do INSS, que já vêm sofrendo com o atendimento precário, superlotação e filas enormes nas portas e interior das agências e postos.

 

Nesta segunda-feira (15), o banco repassou comunicados internos proibindo e lacrando, temporariamente, o uso de copas, cozinhas e similares em suas unidades. Alegando “cuidados” com os colaboradores por conta de eventual contágio por Covid-19, o Mercantil decretou que xs funcionárixs se alimentem após as 14h e na própria estação de trabalho podendo ocorrer de almoçarem na frente de clientes e usuárixs.

 

A proibição absurda gerou reação dos representantes dxs funcionárixs que defendem, por exemplo, a implementação de uma escala ou rodízio para o uso consciente e um número máximo de pessoas ao mesmo tempo dentro das copas.

 

Para o diretor do Sindicato dos Bancários de BH e Região (Seeb-BH) e coordenador nacional da COE Mercantil, Marco Aurélio Alves, xs funcionárixs não podem passar por mais essa situação constrangedora e perigosa dentro do banco. “Comer na própria estação de trabalho pode resultar em mais serviço para o bancário e também trazer problemas de saúde, já que a mesa pode esconder germes e bactérias, além de que o local fica muito próximo a centenas de clientes e beneficiários do INSS, aumentando a possibilidade de contágio. Não podemos entender a lógica do Mercantil para tentar impor essa medida desnecessária e desumana para seus funcionários”, afirmou.

 

O diretor do Seeb-BH, Vanderci Antônio da Silva também destacou que é inadmissível que xs funcionárixs sejam proibidos de utilizar as copas para esquentar suas refeições e se alimentarem em um ambiente que lhes traga tranquilidade e conforto, que são as copas e cozinhas pensadas para este fim. “Obrigar o funcionário a realizar as refeições nas estações de trabalho é ilógico e não traz benefícios para ninguém. Até os próprios clientes poderão ficar constrangidos com essa imposição do banco”, explicou.

 

Com informações do Sindicato dos Bancários de BH e região