O presidente do Congresso Nacional, Eunício Oliveira (MDB-CE), determinou nesta segunda-feira, 19, a suspensão da tramitação de todas as propostas de emenda à Constituição (PECs) enquanto vigorar o decreto de intervenção federal na segurança pública do Rio de Janeiro, previsto até dezembro. A suspensão atinge mais de 190 propostas em andamento na Casa, entre elas a reforma da Previdência, que só pode ser feita por meio de uma PEC.
Para o presidente da CUT, Vagner Freitas, a decisão do presidente do Congresso é resultado da luta de trabalhadores e trabalhadoras, que fizeram o enfrentamento e disputaram a narrativa, deixando claro que a proposta de Temer não é uma reforma, mas sim o desmonte da Previdência pública.
“Temos de comemorar, mas é uma comemoração momentânea. Quem está em guerra como nós estamos, tem de estar o tempo todo mobilizado para a luta”, disse Vagner, ressaltando a importância das manifestações realizadas em todo o país nesta segunda, 19. Para o presidente da CUT, esta foi uma derrota para os golpistas e uma vitória da militância. “Tiramos da agenda a joia da coroa, que é a reforma que os financiadores do golpe exigiam”.
Nesta segunda-feira, em Belo Horizonte, o Sindicato realizou um ato na Praça Sete durante a manhã e participou também de outras mobilizações durante o dia. Saiba mais aqui.
Sobre a afirmação feita pelo golpista Michel Temer (MDB-SP) de que, se conseguisse o número de votos necessários para aprovar a reforma, suspenderia a intervenção, o presidente do Senado já descartou a possibilidade. Segundo Eunício, o Congresso não vai sustar o decreto, o que joga por terra as pretensões do Palácio do Planalto de votar a reforma ainda em fevereiro.
Fonte: FETRAFI-MG com CUT BRASIL