Mais uma vez foi apresentada uma proposta insuficiente e com retirada de direitos. A Federação dos Bancos (Fenaban) ofereceu aos bancários um acordo com aumento real de somente 0,5% e alteração ou exclusão de diversas cláusulas de Convenção Coletiva de Trabalho (CCT).
A proposta foi rejeitada na oitava mesa de negociação da Campanha Nacional 2018, nesta terça-feira (21).
Em assembleias realizadas em todo o Brasil, a categoria já afirmou que não aceita nenhum direito a menos.
A Fenaban pediu um prazo para se reunir com os bancos e a negociação continua na quinta-feira (23).
A Caixa Econômica Federal tem negociação marcada para essa quarta-feira (22), às 10h. A do Banco do Brasil também será nesta quarta, às 15h.
Os bancários seguem mobilizados em semana de luta por todo o Brasil.
Veja a proposta dos bancos
• Retirada do salário substituto (cláusula 5ª)
• Fim da PLR integral para bancárias em licença-maternidade e afastados por acidente ou doença (esses trabalhadores receberiam PLR proporcional ao período trabalhado)
• Querem compensar, caso percam na Justiça, as horas extras pagas como gratificação de função conforme a cláusula 11ª da CCT. Esse item não vale para os bancos públicos, que têm Plano de Cargos e Salários (PCS). A proposta foi rejeitada e o Comando quer negociar PCS para todos
• Alteração da cláusula do vale-transporte, rejeitada porque ficaria pior do que a lei (cláusula 21ª)
• Fim da cláusula que proíbe a divulgação de ranking individual (cláusula 37ª)
• Retirada da cláusula que previa adicional de insalubridade e periculosidade porque está na lei (cláusula 10ª)
• Querem flexibilizar o horário de almoço de 15 minutos para 30 minutos na jornada de seis horas (exceto para teleatendimento e telemarketing)
• Fim do vale-cultura (cláusula 69). Comando quer que permaneça para que o direito esteja garantido caso do governo retome o programa.
• Retirada da cláusula que garantia a homologação de rescisão contratual nos sindicatos
Aqui alguns avanços:
• Garante o parcelamento do adiantamento de férias em três vezes, a pedido do empregado
• Mantém o direito do hipersuficiente à CCT (quem ganha mais de R$ 11.291,60).
• Mantém o direito ao adiantamento emergencial para quem tem recurso ao INSS por 90 dias. Mas os bancários querem 120 dias