
É o caso de uma bancária do Itaú desligada no último dia primeiro de outubro. A diretora de Saúde e Condições de Trabalho do Sindicato dos Bancários da Zona da Mata e Sul de Minas (SINTRAF-JF), Taiomara Neto de Paula, relata que a bancária estava de atestado por dez dias em decorrência de adoecimento psíquico. Após apenas uma semana de seu retorno ao trabalho a funcionária do Itaú foi demitida.
De imediato a bancária procurou a Secretaria de Saúde do Sindicato e foi orientada pela diretora a retornar à médica que a acompanha para a atualização de seu laudo. Ela compareceu ao exame demissional portando todos os documentos que comprovavam seu adoecimento e com o laudo atualizado. Durante o exame foi constatada sua inaptidão para o trabalho.
Após o laudo final comprovar que a bancária não poderia ser demitida por conta de sua condição de saúde, Taiomara entrou em contato com o setor de relações sindicais do Itaú. Assim, o sindicato conseguiu administrativamente o cancelamento da demissão no dia 30 de outubro.
“Os bancos tratam com muito descaso os trabalhadores adoecidos. Estamos indignados com essas demissões durante a pandemia. Demissões injustas de trabalhadores que não podem ser demitidos por conta de problemas de saúde, acarretados pelo próprio trabalho bancário, com metas absurdas e práticas de assédio moral”, ressalta Taiomara. Ela lembrou ainda a importância de o trabalhador e a trabalhadora manterem atualizados e organizados os históricos que atestam suas respectivas condições de saúde.
Com informações do Sintraf-JF