Nesta quinta-feira, 7 de dezembro, empregadas e empregados da CAIXA de todo o país estão mobilizados contra os ataques do governo Temer ao banco.

Em Belo Horizonte, o Sindicato fez, nessa manhã, um ato em frente à agência Século do banco, na rua dos Carijós, no Centro.

O ato ocorre no mesmo dia da reunião do Conselho de Administração da CAIXA. Na ocasião, pode ser votada a alteração no estatuto do banco que permite que ele se transforme em uma sociedade anônima, abrindo caminho para a privatização.

Os movimentos sociais, principalmente os que lutam por moradia, também estão protestando contra os ataques promovidos pelo governo Temer aos bancos públicos. São estes bancos os principais responsáveis pelos investimentos públicos nas áreas de habitação, agricultura familiar, desenvolvimento regional e redução da fome.

Rita Serrano, representante dos empregados no Conselho de Administração da CAIXA, afirma que muitas das medidas que estão sendo tomadas são consequências da falta de capitalização do banco. “Todo o sistema financeiro tem necessidade de capitalização. Trata-se de uma regulamentação internacional do sistema financeiro. No caso da CAIXA, o governo é o único cotista e caberia a ele aportar os recursos. Mas o governo não irá fazê-lo para inviabilizar o banco e suas ações”, afirmou.

Além da tentativa de tornar o banco uma sociedade anônima, outros ataques incluem a ampliação da participação dos empregados no custeio do Saúde Caixa; a recusa da CAIXA em assinar o termo de compromisso que resguarda os direitos dos empregados mesmo com entrada em vigor da nova lei trabalhista e a revogação do normativo RH 151, que assegura a incorporação da gratificação de função aos empregados que ficam por pelo menos 10 anos no exercício do cargo.

Bônus Caixa

Sem qualquer negociação com os representantes dos empregados, a direção do banco implantou o programa Bônus Caixa, que promove a desvalorização dos salários, com redução da renda total do trabalhador, segrega empregados, impõe metas individuais, aumenta o adoecimento e incentiva a competição entre colegas. “É a implantação das novas regras da reforma trabalhista, que prejudica muito os trabalhadores. Vamos lutar contra essa medida imposta pela direção do banco sem qualquer tipo de negociação”, observou o coordenador da CEE/Caixa.

Fonte: Fetrafi-MG com Seeb-Bh

Foto: Seeb-Bh