Foto: Seeb-Bh
O Dia Nacional de Paralisação e Mobilização em Minas Gerais uniu diversas categorias contra a nova lei trabalhista (Lei 13.467/2017), que entra em vigor amanhã (11/11), a retirada de direitos e todo o tipo de retrocesso.
Bancários e bancárias fizeram ato público em frente ao prédio do Banco do Brasil na rua Guarani, no centro da Capital, onde funcionam as agências Guarani e Tamoios, além das unidades de trabalho CENOP, CSA e GERAC.
Para Rogério Tavares, diretor da Fetrafi-MG, o ato mostrou que os bancários do Banco do Brasil estão prontos para dizer não à retirada de direitos. “Esse ato, que teve a participação de cerca de 500 bancários, demonstrou que o funcionalismo não concorda com a retirada de direitos e irá resistir firmeza contra as arbitrariedades do banco”, afirmou.
Várias outras atividades foram realizadas na capital, finalizando com concentração e ato na Praça da Estação
Na Praça foi lançada uma campanha de esclarecimento à população sobre os impactos da reforma trabalhista, com a distribuição de material com informações detalhadas e com os nomes de deputadas e deputados e senadores mineiros que aprovaram a proposta da nova legislação que entra em vigor amanhã (11).
No fim da manhã os manifestantes seguiram para a Praça Sete e, de lá, para a sede da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig), na Avenida Barbacena, onde o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) estava acampado desde a quarta-feira (8).
O MST ocupou a empresa, em solidariedade a eletricitárias e eletricitários, em campanha salarial, e para pressionar o governador do Estado a não aderir à reforma trabalhista e a cumprir promessa de eletrificação rural de assentamentos.
De lá, todos seguiram para a Assembleia Legislativa para audiência pública sobre Escola Sem Partido e a mordaça no ambiente escolar.
“Nós vamos à guerra. O mais importante neste dia histórico e que muitas categorias pararam ou se mobilizaram. É um dia de luta exitoso. E esta é uma grande contribuição para que possamos vencer a reforma trabalhista. A mídia questionou se não é tarde demais para isso. Só que nós lutamos contra esta pauta o ano inteiro, não apenas agora em novembro. Começamos no Dia Internacional da Mulher, em 8 de março; fizemos a maior greve geral dos últimos tempos; foi nossa pauta no 21 de abril; no dia 30 de junho; em todas as nossas atividades, manifestações, atos. Uma lei não vai impedir a continuidade da luta. A reforma trabalhista não vai pegar com a nossa resistência. Não vamos sair das ruas. Vamos continuar nas ruas o tempo que for necessário”, afirmou Beatriz Cerqueira, presidenta da CUT/MG.