Estamos vivendo tempos sombrios no Brasil e no mundo. A resistência violenta das oligarquias e burguesias capitalistas contra a mudança necessária no sistema econômico e político vem atuando de forma organizada e criminosa em vários países do mundo com a ajuda das mídias comprometidas com a continuidade desse modelo, construindo histórias e formas de pensar de acordo com seus interesses.
Quando estudei há anos atrás Walter Mignolo, pesquisador argentino, que faz pesquisas sobre a América Latina na Universidade de Duque nos EUA, comecei a perceber a grande dificuldade que ainda tem os povos latino-americanos e em especial, o povo brasileiro para conhecer sua verdadeira história, entender sua realidade e participar ativamente da luta de classes que se trava no país desde que ele foi invadido e influenciado pela burguesia europeia e posteriormente pela elite norte-americana com viés eminentemente exploratório, colonialista e bélico.
Assim, e por estarmos passando por um momento especialmente difícil onde criminosos de vários tipos estão no poder do governo do Brasil, precisamos de unidade em nossa luta contra todos os retrocessos nos direitos da classe trabalhadora e nos processos de genocídio e assassinato que eles estão promovendo.
Não podemos aceitar que eles nos tornem escravos de novo. Deixamos isso para trás há muito tempo. Agora querem nos impingir pela força uma escravidão disfarçada, onde as pessoas sem tem emprego irão se submeter a qualquer coisa, se tornando escravos ora dos banqueiros, ora de empresários sem escrúpulos e sem ética.
A luta não pode ser só no Brasil. Temos que nos unir. Trabalhadores de todos os países. Trocar idéias e nos instrumentalizar com táticas e estratégias novas com ações conjuntas em vários países ao mesmo tempo.
Essa é uma tarefa que reconheço só conseguiremos a médio prazo. Mas, é preciso começar já!
Outra tarefa imprescindível é juntar nossas forças no Brasil e na América Latina. Todos os sindicatos de trabalhadores precisam se unir na luta contra o modelo de financeirização do mundo que explora e mata os trabalhadores dos países sul-americanos.
E aqui em nosso país os sindicatos mobilizados precisam urgente deslegitimar o modelo de categoria que nos separa e nos induz ao corporativismo letal para a unidade. Somos todos trabalhadores! Seremos todos escravos se não nos unirmos e pararmos de agir como se cada sindicato fosse uma reserva de mercado.
Nesse ponto a proposta de união em torno de ramos de atividade é estratégico para a classe trabalhadora brasileira. A CUT a defende a muito tempo e entendemos que é hora de sua implementação.
Por outro lado, os sindicatos precisam se transformar urgentemente em locais de inclusão de todos e não apenas daqueles que estão empregados e que ainda tem garantias trabalhistas (até quando a terão?). Desempregados, terceirizados, explorados de todos os tipos precisam ser defendidos pela direção sindical e participar da luta.
É urgente agir no sentido da organização nos locais de trabalho. Todos precisam fazer urgentemente essa discussão com suas bases. O trabalhador mais do que nunca precisa estar consciente do que pode acontecer, do que está perdendo e sua responsabilidade diante disso.
Sindicatos do Brasil, da América Latina e do Mundo, UNI-VOS!!!
Por Ligia Deslandes
Temos que sensibilizar a sociedade a pressionar o STF, dia 16, a fim de defender os direitos dos indígenas, quilombolas, ribeirinhos e caiçaras